No primeiro encontro com o cliente traz o seu problema envolvendo questões sexuais ,seu relato vem de forma desorganizada , na escuta atenta sobre o problema , em seguida são feitas algumas perguntas , evitando estilo interrogatório ,pois não deixa pessoa a vontade,ao mesmo tempo respeitando esse momento de sofrimento da pessoa que chega pela primeira vez naquele espaço. (Dias 1987).
De acordo Barlow (2011) é
necessário três formas para avaliar o comportamento sexual : entrevistas ,
avaliação médica e avaliação psicofisiológica. Na entrevista pode ser utilizado
questionários ,embora prefira utilizar entrevista aberta , no qual a pessoa se
sinta mas a vontade para responder.(pode surgir nos relatos problemas
psicológicos tais como : depressão interferindo na sexualidade, perturbação no
relacionamento )
Muitas vezes na entrevista pode surgir que uso
de determinados substâncias podem alterar a sexualidade da pessoa. A avaliação
médica é indicada pelo autor acima para eliminar distúrbios clínicos ( por
exemplo lesão nervo pélvico) Feita por profissionais da medicina.
Recomenda-se para o cliente que entregue o
exame para psicólogo , no qual o cliente passará esta fonte de informação para
o psicólogo. (objetivo no diagnóstico ) Hutz (2016)
Na avaliação psicofisiológica tem
o objetivo medir diretamente os aspectos fisiológicos da excitação sexual.
(Barlow , 2011). Mesmo quando objetivo de psicoterapia o foco seja os problemas
sexuais existem muitas causas para o problema, precisando recorrer até exames
mentais no diagnóstico.
O exame das funções mentais no
qual, irá avaliar como esta funções psíquicas : consciência , atenção , sensopercepção,
vontade, psicomotricidade, memória, inteligência, pensamento , linguagem,vida
afetiva,personalidade,insinght. Organizando quais são os prejuízos dessa
pessoa. Dalgalarrondo(2019).
Outra fonte de análise nesse
diagnóstico é saber sobre uso de medicamentos que pode interferir no problema
sexual da pessoa , tendo inclusive transtornos sexuais devido condição de uso
medicamentosa. (DSM-V,2014) e Hutz (2016) também considera a importância de
saber sobre o uso de medicamentos que interferem no problema do cliente.
Conforme Galati (2016) abordagem
psicodrama pode trabalhar com problemas sexuais , tendo como base no médico
Kaplan abordou que as causas são múltiplas : causas profundas, causas diádicas,
causas adquiridas e causas imediatas.
As causas profundas estão
relacionadas a problemas intrapsíquicos que vem lá infância , quando os
impulsos sexuais são considerados não aceitáveis , são reprimidos pelas regras
morais , modelam o comportamento sexual do adulto. Esses comportamentos sexuais
no adulto podem se manifestar com sintomas tais como : ansiedade , culpa,
impedindo a resposta sexual da pessoa.
Já as causas diádicas tem haver
com história do casal , pois cada companheiro traz determinados comportamentos
sexuais e atitudes no relacionamento , que despertarão sentimentos de medo ,
rejeição , hostilidade, aversão . Por exemplo o companheiro tem hábito de falar
no ato sexual com a companheira e esta não gosta. Ou seja o problema na
comunicação do casal sobre sexualidade deles.
Nas causas adquiridas são
resultado de aprendizados sexuais negativos , por exemplo uma criança que
experimentam manipular seus órgãos genitais ,foram castigadas por adultos (
professores, familiares) ou quando jovens tem seus primeiros contatos sexuais
como experiências ruins , trazendo sentimento de culpa , vergonha, medo e
culpa. Essas pessoas poderão ter problemas mais tarde em si excitar , atingir
orgasmo, podendo apresentar algum transtorno sexual.
Enquanto nas causas imediatas são
problemas que surgem no presente momento de vida da pessoa tais como : falta de
tempo para explorar sensações prazerosas, estimulação inadequada ( quarto
desconfortável sem privacidade, com tv ligado no noticiário) fadiga , estresse,
presença de filhos , cobranças próprias ou do parceiro sobre desempenho sexual
e frequência sexual ).
Quando o cliente consegue confiar
no psicólogo , trazendo essas causas , assim como exames complementares
ajudando na avaliação psicológica. O psicólogo precisa saber a história de vida
, principalmente no aspecto sexual .
De acordo com Dias (1994) existem
duas evoluções da sexualidade : um evolução sexual de ordem mais física (
evolução hormonal , sistema nervoso central) enquanto a evolução da identidade
sexual ( ligados aos modelos psicológicos do individuo , assim como depende das
tradições culturais , familiares, sociais e educacionais desta pessoa).
Por meio desse processo o
psicólogo irá identificar o que esta ocorrendo com o cliente , o objetivo não é
um mero rotulo , mas ajudar e entender o que leva essa pessoa desenvolver tais
comportamentos problemáticos. (Dias 2010).
O outro aspecto observado é o
nível de estresse no relacionamento daquele cliente , avaliando os níveis de
estresse no seu relacionamento como se desenvolve em seu organismo e quais
causas que levam ao estresse no cliente. Moacir(2003) e Vilela (2003) abordaram
a importância de avaliar o estresse para o tratamento de sexual de casais.
Após a compreensão das causas que
levam para determinado problema sexual e identificado qual é o problema sexual ,então começará a fase chamada psicoterapia ( no qual a pessoa irá trabalhar os aspectos
negativos que atrapalham sua vida sexual.
Referencia bibliográfica :
Dalgalarrondo, Paulo . Psicopatologia e semiologia dos
transtornos mentais .Porto Alegre, ed Artmed , 2019.
Castanho , Gisela (organizadora)
Psicodrama de casais . São Paulo , ed ágora , 2016.
Hutz , Claúdio Simon.E
colaboradores . Psicodiagnóstico.
Porto Alegre, ed Artmed , 2016.
DSM-V (2014).
Barlow, David H e colaboradores.
Psicopatologia Uma abordagem integrada . São Paulo , ed Cengage learning, 2011.
Dias, Victor R C S. e
colaboradores. Psicopatologia e psicodinâmica na análise psicodramática volume
III. São Paulo, ed ágora, 2010.
Lipp, Marilda Emmanuel N
(Organizadora) . Mecanismo neuropsicofisiológicos do stress: teoria e aplicações
clínicas. São Paulo, ed casa do psicólogo,2003.
Dias , Victor R C S. Análise
psicodramática : teoria da programação cenestésica. São Paulo , ed ágora, 1994.
Dias , Victor R C S. Psicodrama :
teoria e prática. São Paulo , ed ágora , 1987.